O último dia do passeio foi dedicado a Belfast, capital da Irlanda do Norte. Ela é marcada pela arquitetura victoriana dos seus anos de forte industrializacao e riqueza.
A cidade em si nao é bonita e dois dias sao mais do que suficiente, eu fiquei um só que para mim pessoalmente já bastou.
Eu fiquei no albergue City Backpackers que fica numa localizacao privilegiada, perto do Jardim Botânico, da Queen´s University e do Museu Ulster além de estar perto da “Golden Mile” ( Great Victoria Street e University Road ) onde há muitos pubs e restaurantes.
Campus da Queen´s University fundada pela Rainha Vitória em 1845
O centro de Belfast é bem compacto e pode ser facilmente explorado a pé. O seu coracao politico e geográfico é a prefeitura na Donegall Square. Vale a pena entrar ( é gratuíto ), ela é bem pomposa por dentro, a quem possa interessar, tem visitas guiadas.
A suntuosa City Hall é relativamente “jovem” – foi construída em 1906
Saindo do centrinho de Belfast vale muito a pena pegar um taxi para fazer um tour pela regiao oeste da cidade, o bairro dos trabalhadores e onde fica a “Peace Line”. É um nome quanto que ironico para demarcar a segregacao e divisao entre os católicos/republicanos e os protestantes/monarquistas.
Uma sensacao muito estranha ao estar ao lado deste muro de 27 km. Há vários portoes de entrada abertos durante o dia mas eles fecham de noite.
Outra coisa que chama a atencao ao longo do muro sao as camêras espalhadas por todo o canto e o policiamento constante em carros blindados (!).
Como eu fui de “pacote” para a Irlanda do Norte, o tour já tinha sido organizado pela agência. Eu só tive que pagar 8 libras pelo tour que demorou umas duas horas ( eramos 5 no taxi ). Se você for conta própria a Paddy Campbell´s tem uma boa reputacao.
Foto tirada do lado católico – todo o quintal é coberto de tela por causa da violência
Outra parte muito interessante do passeio foi sobre os murals. É através deles que se tem uma idéia mais concreta de como a cidade é dividida nao só pelo muro mas também por bairros. Neste site fica bem claro do que eu estou falando. É através desta “arte política” que republicanos e monarquistas demarcam o seu território e mostram o que pensam.
Quem comecou com esta estória foram os republicanos em 1981 em apoio a greve de fome dos prisioneiros do IRA. Hoje os murais se “evoluíram” e além de representarem a rixa católicos-protestantes também mostram problemas globais e históricos.
Mural de Bob Sands – prisoneiro do IRA e martir da causa pró-independencia
Eu recomendo muito o passeio guiado de taxi, pois é através dele que se sabe mais detalhes e curiosidades desta cidade tao intrigante. Com certeza foi o que mais me marcou em Belfast.
Mural político criticando a política de Marget Thatcher
Mural da parte protestante
Bem mas é impossível nao falar em Belfast e nao pensar no Titanic… foi ali que ele foi construído em 1912 e desembarcou em direcao a Nova York.
Para comemorar o centenário do seu triste destino ( duas semanas depois de ter sido completado ele afundou ) foi aberto o Titanic Visitor Centre.
Belfast tenta através do famoso navio atrair turistas e para isso há vários passeios que oferecem ao turista curioso a possibilidade de ter mais detalhes do navio em si e de suas vítimas. Para comecar que tem até um nome “chamativo” para o lugar onde era a White Star ( empresa que o construíu ) e suas adjacências: Belfast Titanic Quarter.
A Titanic Walking Tours oferece vários passeios e dá até para entrar no “fosso” onde o navio foi construído.
Foi aqui que comecou a curta estória do Titanic.
Depois de ter visto onde o Titanic foi construído rumamos em direcao a Dublin, foram 3 dias intensos e com muitas impressoes na Irlanda no Norte.